10 motivos para preferir o Windows ao Linux
Passei um tempo testando o Ubuntu e comparando com o Windows para produtividade diária, mas não conseguiu migrar totalmente. Confira os motivos e comente a experiência você também.
Há algum tempo tenho usado o Linux (Ubuntu) e o Windows, paralelamente. Já falei aqui sobre a minha primeira impressão do Ubuntu, que foi ótima. Agora, depois de um tempo usando os dois sistemas, estou quase chegando à conclusão de que, para mim,é melhor usar o Windows ao Linux. Vamos aos motivos:
1. Múltiplas áreas de trabalho -
Uma coisa que eu adoro no Linux é a maneira como ele me ajuda a me organizar com as múltiplas áreas de trabalho. Acontece que eu achei um programa, o dexpot, que faz isso no Windows. Não é tão bom quanto o Gnome, mas já é uma coisa que antes eu só tinha no Linux e agora tenho também no Windows.
2. Objectdock –
Depois de me impressionar com a beleza do Macbook Pro de um amigo, resolvi procurar um dock igual para Windows. Achei, é o objectdock. Troquei toda a barra de tarefas e menu iniciar pela linda barrinha do objectdock plus, isso tornou o Windows muito mais bonito e gostoso de usar.
3. Google Desktop -
Eu sei que o Linux tem o Spotlight para buscas no desktop. Mas uma das coisas que mas me faz falta no Linux são os gadgets do Google Desktop. Antes eu usava muito esses programinhas, para ficar por dentro de tudo sem precisar ir no gmail, google reader? Alternando entre linux/windows eu estou usando o igoogle para ter as mesmas funcionalidades, mas ele não chega nem perto da beleza e agilidade da barra lateral do gdesktop.
4. Photoshop –
O Gimp é legal, mas ainda não tem tudo que eu uso no Photoshop. O Gimpshop – que promete ter uma interface como a do Photoshop – me deixou frustrado. Eu passei muito, muito tempo testando as muitas maneiras que dizem por aí que é possível instalar o Photoshop no Linux, mas não achei nenhuma que funcionasse direito. Além disso, há muitos anos eu uso o Photoshop, não acho que valha a pena a curva de aprendizado para ter no Gimp a agilidade que tenho hoje no Photoshop.
5. Macromedia Flash/Dreamweaver –
O Dreamweaver é o programa no qual estou acostumado a programar interfaces. Eu sei que tem coisas até melhores para o Linux (o Eclipse, por exemplo), mas aí aplica-se a mesma questão (curva de aprendizado) do Photoshop. O mesmo a respeito do Flash.
6. Internet Explorer –
Mais um problema exclusivo de quem faz design de interfaces para web. Embora eu só use o Firefox, tudo que eu faço deve funcionar no Internet Explorer. Eu não tenho certeza absoluta de que o IEs4Linux roda exatamente como IE no Windows.
7. Google Talk –
O pidgin é muito legal, bem melhor que o gaim era. Mas ainda não é tão bom quanto o google talk, que há bastante tempo é o único IM que uso. A maioria das minhas reuniões com clientes são feitas por voz através do Gtalk, por isso, sem ele a minha vida fica bem mais difícil.
8. Personalização –
Uma coisa que eu preferia no Linux é a enorme facilidade que eu tenho para deixá-lo como eu quero, personalizando cada detalhe. Bem, às vezes isso também é um problema, porque com tantas opções algumas tarefas que deveriam ser fáceis acabam sendo complicadas – eu preciso de um ?how to? para praticamente qualquer configuração menos usual e instalação de programas que não estejam no repositório. Encontrei o programa (grátis e da própria Microsoft) Powertoys TweakUI que torna fácil personalizar muita coisa que antes eu achava impossível mudar no Windows.
9. Rapidez e Estabilidade –
Antigamente o Linux era conhecido por ser muito mais rápido e estável. Bem, nestas semanas em que estou usando os dois, percebi que realmente o Ubuntu é mais rápido, mas não muito mais rápido. E o meu Windows XP, cuidadosamente configurado, sem nenhum programa desnecessário instalado, não tem travado quase nunca. Há diferença aqui: o Linux é melhor, mas não é tanto quanto era antigamente – quando o Windows 95 com IE4 vivia dando dor de cabeça.
10. Segurança –
Quase todos os programas que eu mais uso são online. Com isso eu tenho todos os benefícios do Office 2.0, entre eles uma preocupação muito menor com vírus, backup e perda/roubo de dados. Basta eu fazer backup dos arquivos que uso no desktop (poucos) e posso ficar tranqüilo: se o Windows bichar, basta formatar – o que me leva umas quatro horas, mas eu não me lembro da última vez que tive um vírus no computador, porque sou muito cuidadoso com o que acesso na internet.
Conclusão –
Enfim, eu gostaria muito, muito mesmo, de esquecer o Windows de vez e usar só o Linux, mas, por causa dos programas que não posso usar, me parece melhor adaptar o Windows para funcionar como quero do que ter que me adaptar a outros programas essenciais à minha produtividade.
Bastaria que a Adobe e o Google (quem diria! logo eles que aproveitam tanto o opensource) dessem mais atenção ao Linux para que eu voltasse ao meu tão querido pinguim. Mas por enquanto, fico no windows.